A safra baixa de café para 2022 já era esperada. No entanto, em pleno andamento da colheita, que começou um pouco atrasada, a Fundação Procafé afirma que a situação do atual cenário está dentro do previsto para a safra nas principais regiões produtoras, como Sul de Minas, Mogiana e Cerrado Mineiro.

“O que o mercado está assustado é porque não chega café, mas o que havíamos previsto de redução na safra é o que está acontecendo. Para nós, está dentro da normalidade e é o que esperávamos. A geada foi grande e tivemos diversos fatores que impactaram para que essa safra não fosse boa. Tivemos uma seca na pré-florada. Após isso, um excesso de chuva e temperaturas baixíssimas no pós-florada. E o mês de outubro foi totalmente atípico, muito chuvoso e com temperaturas muito baixas”, explicou o pesquisador Alysson Fagundes. Em relação ao rendimento da safra, ele destaca que temos peneiras altas este ano, com excelente bebida, e a falta de chuva vem como um fator positivo para essa safra, mas preocupante para a seguinte.

A falta de chuva nesta safra, segundo a Procafé, já liga um alerta para a safra seguinte. Isso porque 2022 antecede a florada que vai culminar na safra 2023. “Estamos vindo de um 2021 péssimo, um 2022 muito ruim e caminhando para um 2023 com problemas. Tomara que nos próximos meses de julho e agosto as chuvas comecem mais cedo e amenizem esse problema”, destacou o especialista.

A falta de chuva, que pode ocasionar em problemas sérios na safra 2023, também pode colocar o Brasil em situação delicada. De acordo com Alysson, vindo de dois anos consecutivos com problemas na safra devido às ocorrências climáticas, a safra de 2023 prioritariamente precisa ser boa.

As informações são do Play no Agro.

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