A Associação Nacional do Café da Guatemala (Anacafé) aponta que as exportações de café arábica no país podem cair até 3% nesta temporada devido aos baixos preços ao produtor, a falta de trabalhadores e as chuvas irregulares ligadas às mudanças climáticas.

No momento, os preços futuros do café arábica estão em alta no mercado internacional, negociados próximos à máxima de quatro anos, principalmente devido à queda de produção no Brasil, que inclui mais da metade da oferta de café arábica do mundo.

Os sinais de baixa produção na Guatemala são mais um motivo para preocupações, principalmente com os resultados em queda de Honduras, o principal produtor da América Central. A América Central e o México produzem cerca de um quinto do café arábica do mundo.

“Estamos com escassez de trabalhadores durante as últimas colheitas. Os baixos preços causam um efeito, é difícil aumentar salários”, informou à Reuters o presidente da Anacafé, Juan Luis Barrios.

A Anacafé estima que a Guatemala deva exportar cerca de 3,1 milhões de sacas de 60 kg nos 12 meses até o fim de setembro, ante 3,2 milhões da temporada anterior. O café é um dos três principais produtos agrícolas de exportação, com cerca de um milhão de pessoas no país dependendo dessa commodity para viver.

As informações são da Reuters (por Maytaal Angel).

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