Neste sábado, 25 de julho, é a data escolhida para homenagear a Agricultura Familiar. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no Brasil existem mais de 4 milhões de estabelecimentos familiares rurais e o setor é responsável por gerar renda para 70% dos brasileiros no campo.

Segundo o 3º parágrafo da Lei nº 11.326/2006, é considerado agricultor familiar aquele que pratica atividade no meio rural e não detenha área maior que quatro módulos fiscais, utilize predominantemente mão de obra da própria família nas atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento. Além disso, tenha renda familiar originada principalmente das práticas em seu estabelecimento, sendo este gerenciado pela família.

O Censo Agropecuário 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), explica que a categoria caracterizada como agricultura familiar responde, hoje, pela maioria da população que vive e trabalha no meio rural. De acordo o instituto, dos 607.557 estabelecimentos rurais de Minas Gerais, 72,72%, ou 441.829, são da agricultura familiar. E das 1.836.353 pessoas ocupadas na agropecuária, 59,02%, ou 1.083.824, pertencem ao setor.

Já o Sistema Safra Agrícola da Emater-MG, que capta dados da produção agropecuária da agricultura familiar nos municípios mineiros, mostra algumas atividades produtivas, desenvolvidas pelo segmento, que merecem destaques, como a participação da agricultura familiar, na produção de grãos no território mineiro. São 304.951, ou 91,16%, desses pequenos agricultores no ofício, de um total geral de 334.532 produtores envolvidos. O resultado é que 98% da produção de arroz e 42% de feijão é advinda desse grupo rural.

Na cafeicultura, a agricultura familiar tem importante papel, sendo responsável por 58% da produção mineira de café. São 124.108 cafeicultores familiares, ou 89,58%, do total de 138.544 que se dedicam ao grão.

“São várias as possibilidades da agricultura familiar, por isso é grande o leque de atividades rentáveis. Pelo seu jeito peculiar, ela pode abarcar um mundo de oportunidades como nichos de mercados, produção de alimentos, agregação de valor à produção, turismo, agroindústria, artesanato, agroextrativismo, biodiversidade e qualificação de produtos com indicação geográfica”, explica a coordenadora estadual de Metodologia de Extensão Rural da Emater-MG, Maria Helena Silva.

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