Com o crescente consumo de café na Ásia, países como Vietnã e Indonésia, grandes produtores e exportadores do grão, estão tendo que recorrer às importações de café brasileiro para suprir suas demandas internas. 

Na Indonésia, o aumento do consumo entre os jovens se deu por bebidas inovadoras, além do aumento da renda, que estimula a compra. De acordo com associações de exportadores locais, o consumo de café no país cresceu cerca de 4% ao ano na última década, número maior que o crescimento de 2,2% na demanda global esperado pela Organização Internacional do Café (OIC). De olho no movimento, a Neumann Kaffee Gruppe, uma das maiores empresas de importação do grão do mundo, está abrindo um escritório no país.

Tanto a Indonésia quanto o Vietnã, países que produzem canéfora, preferem exportar sua produção e importar de outras origens para suprir o consumo interno, já que seus grãos costumam ser mais caros do que os do Brasil. As condições climáticas e as colheitas insuficientes apontam que as importações continuarão.

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os embarques do Brasil para o Vietnã e para a Indonésia, em 2023, registraram crescimento de 487,7% e 134,9%, respectivamente, em comparação a 2022.

Clima

Devido ao El Niño, o Sudeste Asiático foi impactado por uma seca extrema nesta temporada, o que reduziu a produção vietnamita e indonésia, elevando os preços locais. Atualmente, o café do Vietnã está sendo comercializado por mais de US$ 30 em relação aos grãos brasileiros, o que torna as importações das origens sulamericanas mais atraentes.

Fonte: Fortune e Cecafé.

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