Uma análise dos dados do Sumário Executivo do Café – Março de 2021 e do Valor Bruto da Produção (VBP) – Fevereiro 2021, elaborados e divulgados mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), coordenado pela Embrapa Café, aponta que a produção dos Cafés do Brasil está estimada em aproximadamente 46,72 milhões de sacas de 60 kg para este ano.

A safra nacional de café arábica deverá atingir 31,35 milhões de sacas, enquanto que a de canéfora (conilon) está prevista em 15,36 milhões de sacas. O estado de Minas Gerais será a unidade federativa com maior produção de café arábica, com safra estimada em 20,66 milhões de sacas, o que representa 66% da produção total da espécie no País. O Espírito Santo será o protagonista nacional na produção de canéfora (conilon), com produção estimada em aproximadamente 10,15 milhões de sacas em 2021, volume que também configura 66% da produção brasileira da espécie.

Já a área em produção do café arábica neste ano está estimada em 1,38 milhão de hectares, que, se comparada com a área em produção do ano passado, representa decréscimo de 8,8%. A produtividade média de 22,7 sacas por hectare configura uma queda de 29,5% na produtividade média da espécie se comparada a 2020, que é justificada principalmente pelo fato de 2021 ser um ano de bienalidade negativa, característica do café arábica brasileiro que alterna um ano de produção maior com produção menor no ano seguinte.

Com relação aos cafés da variedade robusta, a área em produção foi estimada em 375 mil hectares, área 1,6% maior que a do ano passado. A produtividade média da safra do conilon brasileiro em 2021 está estimada em 41 sacas por hectare, número 5,6% maior do que a produtividade de 2020.

A receita bruta total dos Cafés do Brasil, com base em pesquisa realizada tendo como referência os preços médios recebidos pelos produtores em janeiro de 2021, foi estimada em R$ 25,84 bilhões, sendo R$ 20,25 bilhões para os cafés da espécie arábica, montante que corresponde a 78,4% do total calculado, e R$ 5,6 bilhões para o canéfora, o que equivale a 21,6% desse mesmo total.

Com base nos dados dessa pesquisa, se for estabelecido um ranking do faturamento bruto estimado para as cinco regiões geográficas brasileiras que produzem café, considerando as duas espécies (arábica e canéfora), em ordem decrescente, constata-se que a região Sudeste desponta em primeiro lugar com R$ 22,42 bilhões, cujo montante equivale a 86,7% do faturamento total previsto para 2021, seguida pela região Nordeste que teve sua estimativa calculada em R$ 1,6 bilhão, a qual corresponde a 6,2%.

Dando continuidade a este ranking, em terceira posição vem a região Norte, com a receita bruta estimada em R$ 1,03 bilhão, que corresponde a 4%. E, na sequência, em quarto lugar, figura a região Sul, com R$ 554,4 milhões de potencial de arrecadação com a atividade cafeeira, o que equivale a 2,1%. Por fim, em quinto, encontra-se a região Centro-Oeste que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 226,5 milhões, montante que corresponde a 0,87% do total estimado para todas as lavouras dos Cafés do Brasil.

Com base nos dados do Valor Bruto da Produção (VBP), se também for estabelecido um ranking do faturamento da cafeicultura dos cinco maiores estados brasileiros produtores de café, nota-se que Minas Gerais ocupa o primeiro lugar, com R$ 14,08 bilhões, o que equivale a 54,4% do faturamento total, seguido pelo Espírito Santo, com R$ 5,15 bilhões (20%). Em terceiro lugar vem o estado de São Paulo, com o faturamento estimado em R$ 2,98 bilhões (11,5%); em quarto a Bahia, com R$ 1,6 bilhão (6,2%); e, por fim, Rondônia, que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 979,65 milhões, montante que corresponde a 3,7% da estimativa do VBP dos Cafés do Brasil em 2021.

O relatório completo está disponível aqui.

As informações são da Embrapa Café.

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