O Brasil possui 35 regiões produtoras de café atualmente, das quais 14 têm registros de Indicação Geográfica (IG). A informação consta no mapa Origens de Café no Brasil, elaborado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), que foi atualizado após a recente obtenção da IG de Indicação de Procedência (IP) pela região Sudoeste de Minas.

De acordo com o diretor executivo da entidade, Vinicius Estrela, o upgrade do mapa é relevante para que o Brasil siga ampliando a promoção internacional dos cafés que produz, aliando quantidade com diversidade, qualidade e rastreabilidade.

“Além de evidenciar ao mundo a geografia e as características dos frutos produzidos no cinturão cafeeiro nacional, esse avanço que fizemos cria um verdadeiro catálogo de apresentação do desenvolvimento de novas origens e microrregiões produtoras no país, englobando as variedades arábica e canéfora”, explica.

O mapa foi estruturado com consultas a órgãos estaduais e federais, com a delimitação por município, e inclui as 14 IGs reconhecidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), sendo nove de Indicação de Procedência e cinco de Denominação de Origem (DO). Com esses registros, o café é o produto agrícola brasileiro com o maior número de Indicações Geográficas.

“Essa atualização também é importante para que todo o mundo conheça a diversidade da produção brasileira e, principalmente, valorize o café cultivado em cada uma dessas áreas”, acrescenta o executivo da BSCA.

Vinicius recorda que o Brasil é um país de dimensões continentais, com diversidade topográfica e climática, fazendo com que os cafés de cada origem produtora tenham características diferenciadas e únicas, algo que não existe em nenhuma outra nação produtora.

“Nós, como BSCA, temos o compromisso de promover, mundialmente, os cafés brasileiros, suas regiões e suas histórias, destacando seus atributos ímpares, que proporcionam um produto sustentável e rastreável, com qualidade excepcional. Esses cafés extraordinários contribuem para o avanço do consumo mundial e colocam o Brasil na vanguarda nesses tempos em que consumidores demandam produtos que respeitem cada vez mais aos critérios ESG”, conclui.

Sobre o mapa

Com a denominação “Origens de Café no Brasil”, o mapa apresenta as 35 áreas de produção no país, sendo nove em Minas Gerais, cinco em São Paulo, três na Bahia e no Rio de Janeiro, duas no Espírito Santo, no Paraná, em Rondônia e na divisa entre MG e SP, e uma em Goiás, Ceará, Pernambuco, Distrito Federal, Acre, Mato Grosso e na divisa entre ES e Minas (Caparaó).

Entre elas, estão incluídas as Denominações de Origem de Caparaó (ES e MG), Região do Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas, Matas de Rondônia e Montanhas do Espírito Santo; e as Indicações de Procedência da Alta Mogiana (SP e MG), Campo das Vertentes (MG), Espírito Santo (café conilon), Região de Garça (SP), Matas de Minas, Norte Pioneiro do Paraná, Oeste da Bahia, Região de Pinhal (SP) e Sudoeste de Minas.

O mapa e as especificações de cada uma das regiões produtoras podem ser conferidos no site da BSCA. 

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