Ontem (5), o Conselho Nacional do Café (CNC) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) assinaram um acordo de cooperação técnica que pretende contribuir de forma eficaz para a competitividade e o desenvolvimento sustentável da cafeicultura, a proteção do meio ambiente e a melhoria das condições de vida nas regiões cafeeiras do Brasil.

As instituições desenvolverão ações com o objetivo de encontrar soluções para o fortalecimento da sustentabilidade da cafeicultura nacional, visando à proteção do meio ambiente e à valorização dos serviços ambientais prestados pelos produtores. Além disso, o objetivo é apoiar a adoção de tecnologias que visem ao uso mais eficiente de insumos e recursos naturais para proteção do meio ambiente e da saúde de trabalhadores e produtores, contribuir para o processo de atualização tecnológica para reduzir custos de produção, aumentar a renda e melhorar a qualidade de vida dos agricultores e do café.

O presidente do CNC, Silas Brasileiro, aponta que a cafeicultura nacional é a mais sustentável do mundo, mas ainda carece de melhorias econômicas a seus produtores. “A sustentabilidade é pauta em praticamente todos os segmentos produtivos e no café não é diferente. Porém, o lado econômico do tripé nem sempre é honrado diante dos investimentos que fazemos nas áreas ambiental e social”, analisa. “Nosso acordo vem exatamente para mostrarmos ao mundo a imagem da nossa sustentabilidade e, consequentemente, melhorarmos as condições dos produtores no campo”, completa.

O representante do IICA no Brasil, encarregado Christian Fischer, afirma que o acordo assinado tem um enfoque no café sustentável, inicialmente via o programa “Produtor de Águas”, desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA), que promove a articulação e a intervenção em áreas agrícolas de bacias hidrográficas de interesse. O IICA já apoia este programa por meio do acordo de cooperação técnica internacional que tem com a agência.

“As principais linhas de atuação do acordo serão a competitividade sustentável da cafeicultura, gerar riqueza e desenvolvimento na região tanto para produtor rural como para a sociedade local. Haverá o enfoque no cooperativismo como vetor do desenvolvimento social por meio da cooperação nacional e internacional, intercâmbios e visitas técnicas, além da oferta, por parte do IICA, de soluções que contemplam boas práticas agrícolas e rastreabilidade”, destaca Fischer.

“Nós temos uma tradição de trabalho com o IICA já de muito tempo, que nos mostra a eficiência do instituto no apoio ao desenvolvimento do agronegócio. O IICA tem uma expertise muito grande nisso e pode ajudar com um resultado muito saudável para a cadeia do café, que tem uma penetração muito grande no mundo. Somos o maior país exportador de café, além de ser o maior produtor, e isso nos traz uma responsabilidade muito grande em defender e manter essa questão da sustentabilidade como um padrão do café brasileiro”, conclui Farnese.

As informações são do CNC.

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