A ICL, líder global que desenvolve soluções em nutrição e fisiologia de plantas, leva para a Semana Internacional do Café, evento que acontece de 16 a 18 de novembro, no Expominas (BH), o lançamento Keep Green, biofertilizante voltado à cultura do café que pode trazer um incremento de até cinco sacas por hectare, cerca de 9% a mais de ganhos. O produto, desenvolvido no Centro de Inovação da empresa, em Iracemápolis (SP), chega ao mercado brasileiro após cinco anos de pesquisas e investimentos superiores a R$ 6 milhões e é o primeiro da ICL registrado com ação biofertilizante e que traz proteção contra excesso de radiação solar, estresse térmico e hídrico.

Biofertilizante

O biofertilizante é um produto que contém princípio ativo ou agente orgânico capaz de atuar, direta ou indiretamente, sobre o todo ou parte das plantas cultivadas, elevando a sua produtividade. Pode agir de diversas formas na fisiologia e no metabolismo da planta, melhorando a eficiência metabólica do vegetal. O Keep Green atua na regulação da abertura dos estômatos, aumenta a concentração de clorofila e a taxa fotossintética diária, além diminuir o estresse oxidativo causado pelo excesso de radiação solar nas folhas e frutos.

Radiação solar e altas temperaturas

Quando a radiação solar chega até as folhas, a clorofila nelas contida absorve a energia e a transforma em energia química. Essa energia será usada depois para transformar o CO2 da atmosfera, que estará dentro das folhas – ele entra através da abertura dos estômatos – em carboidratos (açúcares: frutose e glicose). Esses carboidratos são a energia que as células necessitam para realizar seu metabolismo e fazerem a planta crescer e produzir.

“A radiação solar em excesso aumenta a temperatura da folha e esse aumento faz com que diminua a abertura dos estômatos. Por conta disso, há também a diminuição na entrada do CO2 da atmosfera para dentro das folhas, o que ocasiona ainda um excesso de energia luminosa sendo transformada em energia química. Se essa última não for usada para transformar o CO2 em carboidratos (frutose e glicose), irá produzir um estresse oxidativo por produzir espécies reativas de oxigênio, resultando em vários problemas no metabolismo da planta e culminando na redução da produção”, José Marcos Leite, gerente de Desenvolvimento de Mercado da ICL.

Outro ponto importante, de acordo com José Marcos, é o fato de que as folhas precisam transpirar para regular sua temperatura. “Como a radiação solar que chega nas folhas aumenta a temperatura das mesmas, elas precisam transpirar (perder água através dos estômatos) para manter a temperatura em um patamar mais próximo do ideal, que seria de 25 a 29°C. Portanto, quanto mais a planta conseguir transpirar em qualquer situação ambiental em que se encontrar, mais irá manter a temperatura da folha próxima da ideal, mais ela deixará os estômatos abertos e isso permitirá uma maior entrada de CO2”, revela. “A combinação desses fatores faz a folha aumentar sua concentração de clorofilas, que, por sua vez, aumentam a fotossíntese diária, que proporciona aumento na produção de grãos de café por planta. Todos esses parâmetros citados aumentaram após a aplicação do Keep Green porque ele consegue diminuir o estresse por fotoxidação, ou seja, o excesso de radiação solar nas folhas”, completa.

Linhas de atuação

A recomendação é que o Keep Green seja aplicado nas lavouras novas de café, após o transplantio, na dose de 2% da calda, com repetição após 60 dias. Nas lavouras adultas a aplicação deve ser de 7,5L/ha, entre setembro e outubro. “As pesquisas que realizamos mostraram que dessa forma a planta tem maior proteção ao longo do ciclo e, com isso, ganhos de produção. Em relação aos principais produtos disponíveis no mercado e aplicados no mesmo momento que o Keep Green, a compatibilidade foi de 100%”, reforça.

Centro de Inovação e investimentos

A ICL conduz vários ensaios em seus centros de inovação em Iracemápolis (SP) e Cruz alta (RS), credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) como instituições de pesquisa do País. O credenciamento permite o uso dos resultados das pesquisas geradas no centro de inovação para o registro de novos produtos. De acordo com a lista de instituições privadas de pesquisa do MAPA, a empresa é a única que atua exclusivamente na área de Nutrição e Fisiologia de Plantas a possuir um centro de pesquisa credenciado.

A empresa investe globalmente U$ 64 milhões no mundo em pesquisa e desenvolvimento. No Brasil, foram R$ 20 milhões em 2021, o que solidifica sua posição como uma das empresas mais inovadoras e tecnológicas do setor. Nos últimos cinco anos, lançou 21 produtos, tem uma série de pedidos de patentes depositados e uma contribuição expressiva para a geração de tecnologias que agreguem na produção agrícola de Norte a Sul do Brasil, com foco no melhor uso de nutrientes para a agricultura tropical aliado à sustentabilidade.

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