A análise mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) registrou que, no mês de setembro, o Brasil exportou 3,8 milhões de sacas de café, considerando a soma do café verde, solúvel e torrado & moído. O volume representa a maior quantidade de café brasileiro exportado para o mês e um aumento de 8,6% em relação a setembro de 2019. A receita cambial gerada pelas exportações chegou a US$ 458 milhões, aumento de 3,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Na conversão em reais, a receita foi equivalente a R$ 2,5 bilhões, crescimento de 35,7% em relação a setembro de 2019. Já o preço médio da saca de café foi de US$ 120,7.

O café arábica, no mês de setembro, correspondeu a 74,8% do volume total exportado, com 2,8 milhões de sacas. O canéfora (conilon) representou 17,7% de participação, com o embarque de 672,5 mil sacas, 93,8% a mais comparado ao volume exportado em setembro de 2019. Já o café para o solúvel foram 7,5% das exportações, equivalente a 283,1 mil sacas.

“Estamos muito satisfeitos com os resultados de exportação do café em setembro. O volume de vendas foi recorde em relação ao mesmo mês nos anos anteriores e, além disso, tivemos um aumento significativo na receita total em reais. Observamos também que os resultados poderiam ter sido ainda melhores, na ordem de 10 a 15%, se não fossem os problemas logísticos de falta de containers e espaços nas embarcações. O mês de setembro também marca a entrada efetiva da safra 2020/2021, registrando uma excelente performance tanto na quantidade, como na qualidade. Apesar dos fortes desafios gerados pela pandemia em 2020, é importante destacar que a cadeia do agronegócio café segue desempenhando suas atividades com alta qualidade e sustentabilidade, cumprindo rigorosamente as medidas de segurança e proteção dos colaboradores, segundo as regras da OMS e das instituições públicas de saúde municipais e estaduais”, afirma Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

De janeiro a setembro

O total de café exportado no ano civil foi de 30,5 milhões de sacas, com receita cambial de US$ 3,9 bilhões, equivalente a R$ 19,6 bilhões. A receita em reais representa um crescimento de 31,7% ante o período de janeiro a setembro de 2019 e o preço médio no período foi de US$ 126,8, aumento de 1,4% em relação ao período de janeiro a setembro e 2019.

Entre as variedades embarcadas no ano civil, o canéfora (robusta) também se destacou pelo aumento de 22,3% nas exportações, se comparado ao volume da variedade exportado de janeiro a setembro do ano passado. O conilon correspondeu a 12,2% do volume total exportado no período, com 3,7 milhões de sacas. Já o arábica teve participação de 77,9% nas exportações, com 23,8 milhões de sacas, enquanto o café solúvel correspondeu a 9,8% dos embarques, com 3 milhões de sacas.

Principais destinos

Os principais destinos de café brasileiro no ano civil foram, respectivamente: Estados Unidos, que importaram 5,6 milhões de sacas de café (18,5% do total embarcado no período); Alemanha, com 5,1 milhões de sacas importadas (16,9%); Bélgica, com 2,4 milhões de sacas (7,8%); Itália, com 2,3 milhões de sacas (7,4%); Japão, com 1,5 milhão de sacas (5,1%); Turquia, com 960,8 mil sacas (3,2%); Federação Russa, com 940,5 mil sacas (3,1%); México, com 782,2 mil sacas (2,6%); Espanha, com 700 mil sacas (2,3%); e Canadá, com 624,2 mil sacas (2%). Entre eles, o México, a Federação Russa e a Bélgica apresentaram maior destaque, com o aumento próximo de 19% na importação do produto brasileiro.

Já entre os continentes e blocos econômicos destacam-se o crescimento de 24,1% nas exportações para os países da América do Sul, 53,9% para a África, 90,6% para a América Central, 25,7% para os países do BRICS, 24,1% para o Leste Europeu, além do aumento de 37,6% nos embarques para os países produtores de café. Vale destacar também a elevação de 60,7% nas exportações brasileiras de café verde para países produtores no período, equivalente a 1,5 milhão de sacas.

Ano-Safra 2020/2021

Nos três primeiros meses do Ano-Safra 2020/21 (jul-set), o Brasil apresentou o melhor desempenho histórico para as exportações no início da safra, demonstrando que a colheita brasileira de café neste ciclo entrou de forma expressiva no mercado, em razão de seu volume e qualidade. No período, o país exportou 10,5 milhões de sacas de café, registrando o maior volume das exportações para o período nos últimos cinco anos e crescimento de 2,7% em relação ao mesmo período da safra anterior. A receita cambial gerada com as exportações foi de US$ 1,3 bilhão, equivalente a R$ 6,8 bilhões, aumento de 34,3% em relação ao período da safra anterior. Já o preço médio foi de US$ 119,5.

Portos

O Porto de Santos segue na liderança da maior parte das exportações no ano civil de 2020, com 78,5% do volume total exportado a partir dele (equivalente a 24 milhões de sacas). Em segundo lugar estão os portos do Rio de Janeiro, com 14% dos embarques (4,3 milhões de sacas).

Para acessar o relatório completo, clique aqui. 

As informações são do Cecafé.

Fonte