Na última segunda-feira (15), 640 sacas do café Robusta Amazônico, produzido em Rondônia, foram enviadas para a Coreia do Sul. Os grãos saíram pelo Porto do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), e devem chegar ao solo asiático em 40 dias.

Esta conquista só foi possível devido ao trabalho realizado em conjunto entre os cafeicultores e o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Cooperativa de Agricultores Familiares da Amazônia (Lacoop), com a Associação dos Cafeicultores da Região das Matas de Rondônia (Caferon), Emater Rondônia, Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), Sebrae Rondônia, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia (Faperon), Embrapa Rondônia, Ministério da Agricultura (Mapa) e Câmara Setorial do Café, que juntos têm o objetivo de fortalecer e incentivar a cadeia produtiva do café a ser destaque nacional e internacional.

Ressalta-se que, com o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi), o Estado está implantando a primeira Identificação Geográfica de Café canéfora (robusta) e isso é uma conquista que auxilia na notoriedade dos cafés robustas amazônicos.

Produção em Cacoal

Essa é a primeira vez que Rondônia exporta um café de boa qualidade, produzido seguindo critérios de sustentabilidade. Os cafés exportados foram colhidos maduros, sendo metade de cereja descascado e metade de café natural. Os grãos foram selecionados com peneiras de 16 e 17 acima (tamanho do grão).

“São cafés que têm no máximo 20 defeitos físicos por amostra, com bebida que pontuou entre 78 e 80 pontos, uma bebida que chamamos de comercial fino. É um café muito bom que está acima dos padrões de mercado do dia a dia. O perfil sensorial é de uma bebida limpa, equilibrada, que destaca a doçura e a acidez. Especialmente no caso dos cafés naturais, destaca-se um sabor marcante de chocolate e castanhas”, explicou o engenheiro agrônomo da Seagri, Janderson Dalazen, que é Q Robusta Grader e provou as amostras.

A exportação para a Coreia do Sul foi organizada pela Lacoop, criada em 27 de março de 2017, em Rolim de Moura, com o intuito de atender os produtores e fortalecer a cafeicultura da região. De acordo com o produtor e presidente da Lacoop, Leandro Dias Martins, a cooperativa separa as amostras de cafés e as envia para que vários países conheçam o produto Amazônico. Segundo ele, o contrato de exportação para a Ásia foi assinado pela Lacoop em dezembro de 2019.

A expectativa é grande para mais exportações. A cooperativa Lacoop possui amostras aprovadas em mais dois países, Rússia e Itália, e está em negociação com os Estados Unidos e Europa.

“Nós evoluímos muito na cafeicultura nos últimos sete anos, tivemos uma revitalização no setor. Hoje os produtores aplicam tecnologias de ponta e buscam conhecimento na área de produção e qualidade do café. O governo do estado tem dado todo apoio e precisamos avançar muito mais na desburocratização e estamos buscando a comercialização internacional junto às cooperativas de café. Temos 15 municípios sendo trabalhado com identificação geográfica e isso é um grande avanço. Essa exportação é uma forma de abrir portas, é uma estratégia de abertura de comércios muito importante para o Estado”, destacou o secretário da Seagri, Evandro Padovani.

As informações são do Secom Governo do Estado de Rondônia.

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