O Ministério da Agricultura do Quênia informou que a exportação de café arábica melhorou no passado recente em meio às reformas em andamento no subsetor. Peter Munya, secretário de gabinete do Ministério da Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativas, disse que o grão continuou atraindo compradores de lucrativos mercados de exportação em todo o mundo.

Ele informou aos repórteres em Nairóbi que, no ano cafeeiro de 2019/2020, o país exportou 46.333 toneladas métricas de grão verde, que rendeu 22 bilhões de xelins (cerca de 204 milhões de dólares americanos).

Segundo o secretário, apesar do café queniano continuar rendendo os melhores dólares no mercado internacional, os pagamentos aos agricultores, por quilo de cereja, continuaram diminuindo. “Pretendemos reformar o subsetor melhorando a eficiência, desempenho e ganhos para os agricultores, bem como aumentar as vendas internacionais da commodity”, disse Munya durante o lançamento do relatório nacional de progresso da revitalização do café.

Para ele, os agricultores passarão a ter liberdade de ação no processamento, comercialização, venda e pagamentos de seus cafés, e os agentes de marketing serão proibidos de negociar por meio da Lei do Café 2021, que está passando por participação pública da Assembleia Nacional.

As reformas legais e regulamentares do setor cafeeiro visam enfrentar os desafios de governança que atormentavam o setor, a fim de dar aos cafeicultores liberdade nas etapas. Ele também identificará a causa raiz da disparidade nas altas receitas do café arábica do Quênia nos mercados de exportação e os baixos preços pagos aos agricultores.

A área plantada do Quênia com a produção de café diminuiu em mais de 30%, de cerca de 170 mil hectares no início de 1990, para cerca de 119 mil hectares em 2020. A produção da safra comercial também diminuiu espantosos 70%, de um pico de 129 mil toneladas no ano cafeeiro de 1983-84, para cerca de 40 mil toneladas atualmente.

O café do Quênia é cultivado, atualmente, por 33 condados, sustentando mais de 800 mil famílias e mais de cinco milhões de cidadãos direta e indiretamente.

As informações são da Xinhua / Tradução Juliana Santin

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