De acordo com especialistas, padrões climáticos que vão de chuvas inadequadas à frio extremo prolongado inibirão o florescimento dos cafeeiros e a qualidade dos frutos no Quênia. Essa situação deve resultar em baixos rendimentos, reduzindo as chances dos agricultores receberem um bom pagamento ao final da temporada.

Wangai Ndumia, agrônomo da região do Monte Quênia, explicou que as zonas de cultivo de café estão enfrentando uma escassez de chuvas, no momento em que as precipitações são necessárias para a produção. Ele disse ainda que a estação fria diminuiu a incidência de luz solar necessária nos cafeeiros, o que ajudaria em uma melhor floração. 

O clima extremamente frio foi registrado na maioria das zonas cafeeiras durante os meses de junho, julho, agosto e setembro deste ano. “Para que os cafeeiros floresçam adequadamente, deve haver três meses consecutivos de luz solar adequada. Isso não aconteceu este ano”, disse Ndumia.

O presidente da New Gikaru Cooperative Society, John Maina, disse que as mudanças adversas dificultam a aplicação adequada de alguns procedimentos de manejo, como a pulverização de produtos químicos e cobertura, tudo em um esforço para aumentar a produção. No entanto, ele observou que os agricultores precisam receber mais orientações sobre manejo do café.

“Atualmente, a maioria dos nossos agricultores está produzindo entre dois a três quilos por arbusto anualmente. No entanto, tenho certeza de que, com a devida orientação, a produção em um único arbusto pode chegar a 10 kg por ano”, disse Maina.

Já o produtor Weru Wachira disse que a oferta de um preço mínimo garantido pelo governo o prevenirá de perdas ao levar sua produção ao mercado. Os agricultores que vêm de Muhito, Mukurweini, disseram que o governo também deve fornecer água de irrigação para uso em suas fazendas de café, pois esta será a única maneira de aumentar a produção após chuvas inadequadas.

As informações são do All Africa / Tradução Juliana Santin

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