O Sumário Executivo do Café – Novembro 2020, elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), aponta que a produção da espécie de café arábica no Brasil está presente em quatro das cinco regiões macroeconômicas – Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste – e ocupa uma área total de 1,5 milhão de hectares, com produção estimada em 47,37 milhões de sacas e produtividade média de 31,27 sacas por hectare em 2020. Com relação ao canéfora (conilon), a área ocupada na produção corresponde a 369,6 mil hectares, com volume de 14,25 milhões de sacas e produtividade média de 38,56 sacas por hectare.
Quanto à produção de café arábica na região Sudeste, que congrega os maiores estados produtores dessa espécie, as lavouras ocupam 1,4 milhão de hectares. Minas Gerais, que é o maior estado produtor do País, ocupa 1,03 milhão de hectares, que correspondem a 73,5% do total da região, e deverá produzir 33,14 milhões de sacas, com produtividade média de 32,12 sacas por hectare. Em segundo lugar vem o estado de São Paulo com 201,5 mil hectares (14,3%), produção calculada em 6,15 milhões de sacas e produtividade de 30,56 sacas por hectare.
Em terceiro lugar está o Espírito Santo, que ocupa 156,3 mil hectares com o cultivo de arábica, área que equivale a 11% do cultivo da espécie na região, com produção de 4,47 milhões de sacas e produtividade de 28,64 sacas por hectare. Na sequência, vem o estado do Rio de Janeiro, com produção de 346 mil sacas, numa área de 11,68 mil hectares (0,8%) e produtividade de 29,61 sacas por hectare. Como se observa, com base nesses números, a produção total de café arábica estimada em 44,12 milhões de sacas, na região Sudeste, ocupa 1,4 milhão de hectares, com produtividade média de 31,49 sacas por hectare em 2020.
A segunda maior região produtora de café arábica é o Nordeste, que em 2020 terá uma produção de 2 milhões de sacas e produtividade de 29,84 sacas por hectare em uma área de 67,63 mil hectares. A região Sul produz essa espécie numa área de 35,55 mil hectares, com produção estimada em 937 mil sacas e produtividade de 26,37 sacas por hectare. Por fim, a região Centro-Oeste, onde a produção de café arábica em 2020 foi calculada em 240,5 mil sacas, numa área de 6,15 mil hectares e produtividade de 39,09 sacas por hectare.
Um estudo comparativo similar da área em produção, produtividade e volume do canéfora (conilon) produzido indica que a maior região macroeconômica produtora é a Sudeste, com 9,45 milhões de sacas produzidas neste ano de 2020, produtividade de 37,29 sacas por hectare numa área de 253,45 mil hectares. O maior estado produtor da região Sudeste e do Brasil é o Espírito Santo, com área de 243,9 mil hectares, produtividade de 37,43 sacas por hectare e produção de 9,13 milhões de sacas, o que representa 96,6% do volume produzido no Sudeste e 64% de toda a produção nacional do canéfora, que está estimada em 14,25 milhões de sacas.
A região Norte é a segunda maior produtora canéfora, com 2,43 milhões de sacas produzidas exclusivamente no estado de Rondônia, com produtividade de 38,29 sacas por hectare em uma área de 63,56 mil hectares. Na sequência, a região Nordeste, que produz esta espécie somente no estado da Bahia, tem produção calculada em 2,12 milhões de sacas numa área de 39,25 mil hectares e uma ótima produtividade de 54 sacas por hectare. Por último, a região Centro-Oeste, que produz essa variedade de café somente no estado do Mato Grosso, tem produção calculada em 158,4 mil sacas e produtividade de 16,5 sacas por hectare numa área de 9,6 mil hectares.
Neste mesmo contexto de análise da performance da cafeicultura, o Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil, também produzido mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), está estimado em R$ 33,38 bilhões para 2020, sendo R$ 27,71 bilhões para café arábica, que equivalem a aproximadamente 83% desse total, e R$ 5,67 bilhões para o canéfora, que correspondem a 17%.
De acordo com os dados constantes do VBP – Outubro 2020, se for estabelecido um ranking do faturamento bruto estimado para as cinco regiões geográficas brasileiras que produzem café, considerando as duas espécies (arábica e canéfora), em ordem decrescente, constata-se que a região Sudeste desponta em primeiro lugar com R$ 29,5 bilhões, cujo montante equivale a 88,4% do faturamento total, seguida pela região Nordeste, que teve sua estimativa calculada em R$ 2,02 bilhões, a qual corresponde a 6%.
Dando continuidade a este ranking, em terceira posição vem a região Norte, com a receita bruta estimada em R$ 1,04 bilhão, que corresponde a 3%. Na sequência, em quarto lugar, figura a região Sul, com R$ 565,7 milhões de potencial de arrecadação com a atividade cafeeira, o que equivale a 1,7%. Por fim, em quinto, encontra-se a região Centro-Oeste, que tem o faturamento bruto da lavoura cafeeira estimado em R$ 245,2 milhões, montante que corresponde a 0,73% do total estimado para todas as lavouras dos Cafés do Brasil.
Para acessar o relatório completo clique aqui.
As informações são da Embrapa.