O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Irrigação (Midagri) informou que o Peru e a Etiópia se tornaram os principais produtores e exportadores mundiais de café orgânico. Segundo relatórios correspondentes a 2020, fornecidos por instituições oficiais de certificação e recentemente sistematizados pela Federação Internacional de Agricultura (IFOAM) e pelo Instituto de Pesquisa de Agricultura Orgânica (FIBL), nos últimos anos, as nações se tornaram líderes mundiais na oferta de café orgânico, cultivado 95% por pequenos agricultores, 

Segundo o National Coffee Board, embora a Etiópia relate maior área certificada de café orgânico, o Peru tem maior oferta de grãos. Somente no ano passado, a produção nacional de café orgânico foi de aproximadamente um milhão.

O relatório do Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária (Senasa) destaca que a produção de café orgânico no Peru tem uma área de 124.132 hectares dedicada a essa cultura, principalmente pequenos produtores que dependem da produção desse grão.

Da mesma forma, o café é o primeiro produto agrícola tradicional para exportação e é uma fonte de emprego para mais de dois milhões de peruanos em toda a cadeia produtiva agrícola. Atualmente, o Peru se destaca na produção de cafés especiais de alta qualidade.

A produção de café envolve 230 mil famílias e, graças ao trabalho competitivo dos setores público e privado, tem sido possível não só aumentar a produtividade, mas também melhorar a qualidade do grão. Em 2021, foram manejados 440 mil hectares de café, que representam 6% da área agrícola nacional, cumprindo um papel decisivo no desenvolvimento e inclusão social. As principais regiões produtoras são Amazonas, Ayacucho, Cajamarca, Cusco, Huánuco, Junín, Pasco, Piura, Puno e San Martín.

Exportações em alta

O Peru é um dos principais países produtores de café da espécie arábica, que proporciona uma combinação de aromas e sabores, sendo as áreas de melhor produção localizadas em altitudes entre 800 e 2.000 metros acima do nível do mar.

Graças aos produtores de café e à qualidade do grão que conquistou os principais mercados, hoje ocupa o nono lugar na produção e exportação mundial de café convencional, superado por Brasil, Vietnã, Colômbia, Indonésia, Etiópia, Honduras, Índia e México.

No ano passado, as exportações de café somaram 760 milhões de dólares, tendo como principais destinos os Estados Unidos, Alemanha, Bélgica e Espanha. Até 2022, projeta-se que as exportações de café gerem 1.200 milhões de dólares, um valor extraordinário não registrado antes desde 2011, quando foram alcançadas vendas de 1.594 milhões de dólares.

As informações são do Andina / Tradução Juliana Santin 

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