A penúltima semana de março (22 a 26) foi de recuo nos contratos futuros do café nas bolsas internacionais. Isso ocorreu sob a pressão de movimentos técnicos, que mantém as cotações do arábica abaixo de US$ 1,30 desde o último dia 18 de março, e pelo ambiente de aversão ao risco com as crescentes restrições no mundo provocado pela pandemia, apesar do avanço da vacinação, que colocam em cheque a retomada do consumo.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento mai/2021 encerrou o pregão de ontem (25) a US$ 1,266 por libra-peso, com perdas de 240 pontos no acumulado semanal. Na ICE Europe, o vencimento mai/2021 do café robusta caiu US$ 15 no intervalo, ficando cotado a US$ 1.365 por tonelada.

O desempenho do dólar comercial também exerceu pressão sobre os futuros do café. O suporte veio do movimento de investidores, que buscaram a segurança da divisa norte-americana diante da intensificação da pandemia da Covid-19 na Europa. Ontem, a moeda encerrou a sessão a R$ 5,671, com alta de 3,4% frente à sexta-feira (19) da semana passada.

No mercado físico, a queda internacional também pesou, sobrepondo-se ao impulso do dólar, o que manteve os negócios calmos. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para arábica e canéfora se situaram em R$ 716,43/saca e R$ 444,96/saca, respectivamente, com variações de -1,1% e 0,3%.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que, a partir de segunda-feira (29), uma frente fria se forma e traz fortes chuvas para o estado de São Paulo. De terça-feira (30) até o fim de semana, o serviço prevê avanço das instabilidades, o que ocasionará temporais e grandes acumulados nas áreas paulistas e nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.

As informações são do Conselho Nacional do Café.

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