Relatório da Organização Internacional do Café (OIC) aponta que as exportações de café, em nível mundial, no acumulado de oito meses seguidos, no período de outubro de 2019 a maio de 2020, totalizaram 83,81 milhões de sacas 60 kg. Este volume físico representa uma leve queda de 4,7%, se comparado com o mesmo período anterior, cujo volume exportado foi de 87,96 milhões de sacas.

No mesmo período vale destacar que as exportações dos cafés do tipo Suaves Colombianos atingiram 9,33 milhões de sacas, número que representou uma queda de 7,9%. Os cafés classificados como Outros Suaves diminuíram 7,4% ao somarem 16,58 milhões de sacas. Quanto aos cafés do tipo Naturais Brasileiros, cujo volume exportado foi de 26,23 milhões de sacas, tal venda representou uma redução de 9,6%.

Os cafés em nível mundial para a OIC são classificados em Suaves Colombianos, Outros Suaves, Naturais Brasileiros e Robustas. O ano-cafeeiro compreende o período de outubro a setembro.

Dessa forma, as exportações mundiais dos cafés do tipo arábica totalizaram 52,14 milhões de sacas, volume que representa aproximadamente 62,34% desse total. Já o canéfora (robusta) registrou um aumento de 2,5% nas exportações, com 31,67 milhões de sacas que atingiram 37,7% do volume total vendido aos países importadores entre outubro de 2019 e maio de 2020.

Segundo o relatório, os Cafés do Brasil foram, em volume físico, os principais importados pela União Europeia. As vendas para esse bloco de países responderam por 20% no período dos seis meses em destaque. Na sequência vem o Vietnã, cuja participação foi 13,8%; a Colômbia, com 3,9%; Honduras, com 3,8%; e Uganda, que respondeu por 3,2% das importações pela União Europeia.

Neste período citado de apenas seis meses do ano-cafeeiro da OIC, vale destacar que as exportações do Brasil e da Colômbia para os Estados Unidos responderam por 53,6%. Na sequência aparecem as do Vietnã, que equivaleram a 9,1%; México, com 4,9%; e Peru, com 4,1% das importações dos EUA. Com base nesses dados, registra-se que as exportações dos Cafés do Brasil, ao atingirem 4,21 milhões de sacas, tiveram redução de 2,7% no período estudado. Na sequência, as exportações procedentes da Colômbia diminuíram 10,3% (3,15 milhões) e as do Vietnã 18,5% (1,25 milhão de sacas).

Já as exportações do México para os EUA fecharam um total de 672 mil sacas, volume que equivale a 21,5% menos que no período de outubro de 2018 a março de 2019, enquanto os embarques do Peru caíram 27,3%, para 558 mil sacas. Vale destacar que os cinco maiores países exportadores de café solúvel para os EUA foram Brasil, México, Colômbia, Índia e Espanha, que responderam por 87,8% do total adquirido pelos norte-americanos.

O relatório completo está disponível aqui.

As informações são da Embrapa Café (por Lucas Tadeu e Jamilsen Santos).

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