O mercado futuro do café arábica segue operando com valorização para os principais contratos no pregão desta quarta-feira (14) na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações encerraram o último pregão com baixas e a volatilidade já era esperada pelo mercado, em um momento que o setor segue acompanhando a reta final da colheita no Brasil, os impactos da seca e trabalha com a expectativa de uma demanda mais aquecida conforme a vacinação avança em importantes países consumidores. 

Por volta das 11h40 (horário de Brasília), setembro/21 tinha alta de 400 pontos, valendo 156,25 cents/lbp; dezembro/21 tinha valorização de 390 pontos, negociado por 159 cents/lbp; março/22 tinha alta de 380 pontos, valendo 161,45 cents/lbp; e maio/22 teve alta de 405 pontos, valendo 163 cents/lbp. 

Na Bolsa de Londres, o café tipo canéfora (conilon) também opera com valorização. Setembro/21 tinha alta de US$ 33 por tonelada, valendo US$ 1750; novembro/21 tinha valorização de US$ 32 por tonelada, valendo US$ 1744; janeiro/22 tinha alta de US$ 17 por tonelada, cotado por US$ 1722; e março/22 tinha alta de US$ 15 por tonelada, valendo US$ 1706.

Às 11h47 (horário de Brasília), o dólar registrava queda de 1,76% ante ao real e era cotado por R$ 5,09 na venda. O dólar em queda dá suporte para valorização nas bolsas. “O dólar era negociado em forte queda contra o real nesta quarta-feira, refletindo uma recepção positiva às alterações nas propostas de tributação do governo brasileiro, antes de um depoimento do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, ao Congresso norte-americano”, destacou a agência de notícias Reuters. 

O analista de mercado Haroldo Bonfá destaca que o mercado também responde às previsões de uma nova frente fria entrando no parque cafeeiro nos próximos dias. As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam queda nas temperaturas em parte do centro-sul do Brasil a partir do dia 20, o que ajuda a sustentar as elevações em Nova York. 

Colheita/Cepea

A colheita de café arábica da temporada 2021/2022 tem sido favorecida pelo tempo seco neste mês. Levantamento do Cepea mostra que, até a última semana, cerca de 50 a 60% da produção havia sido colhida na região das Matas de Minas/Zona da Mata Mineira. Por outro lado, no Sul de Minas e na Mogiana (SP), as atividades estavam mais lentas, com a colheita se aproximando dos 30%. Apesar do bom ritmo neste mês, agentes apontam que a colheita desta temporada está um pouco atrasada em relação aos anos anteriores, por conta das floradas tardias em 2020 e da maturação mais lenta. 

As informações são do portal Notícias Agrícolas.

 

Fonte