Na última sexta-feira (18), a consultoria StoneX divulgou que a produção brasileira de café deve alcançar 58,9 milhões de sacas de 60 kg na safra 2022/2023, citando uma elevação de 9,6% ante o ciclo anterior, que foi um ano de bienalidade negativa.

No entanto, a produção deve ficar 12,9% abaixo do que o observado em 2020/2021, ano de bienalidade positiva (assim como 2022/2023), após problemas climáticos que afetaram os cafezais no ano passado.

Em 2021, o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, registrou a seca mais severa em 90 anos e as geadas mais fortes em 40 anos, ocorrências climáticas que cortaram a produção de café no ano passado e estão prejudicando a safra novamente este ano.

O analista de café da StoneX, Fernando Maximiliano, disse que o retorno das chuvas no final de 2021 e início deste ano foi positivo para as lavouras, mas não o suficiente para trazer a produção de volta ao pleno potencial. Segundo ele, a produção na nova safra (julho de 2022 a junho de 2023) ficará cerca de 15% abaixo do potencial da safra no Brasil.

“Vimos muitas podas pesadas e também a conversão de terras de café em soja”, disse o analista sobre o tour que a StoneX fez pelas áreas brasileiras de café, desde as lavouras de robusta, em Rondônia, até as áreas de arábica, em São Paulo.

Outros analistas veem uma safra maior. Uma pesquisa da Reuters indicou uma produção de 63 milhões de sacas. De acordo com os dados da StoneX, a colheita de café arábica foi estimada em 38,3 milhões de sacas, ante 33,7 milhões no ciclo anterior, enquanto que a produção da variedade robusta/conilon deve chegar a 20,6 milhões de sacas, em comparação com as 20 milhões em 2021/2022.

Ainda segundo a consultoria, as exportações de café do Brasil devem cair 27% em 2021/2022 (julho-junho), para 33 milhões de sacas, e depois aumentar 14% em 2022/2023, para 38 milhões de sacas, devido à produção ligeiramente maior.

As informações são da Reuters.

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