Durante a Semana Internacional do Café de 2019 realizamos, ao lado da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Pesquisa Cafeeira Safra 2019/2020. O objetivo era avaliarmos as dificuldades e facilidades na produção da safra analisada.

A pesquisa aconteceu no estande do CaféPoint e, através de um totem, produtores puderam selecionar suas respostas sobre região, produção, qualidade, pragas, colheita e pós-colheita. Ao todo, obtivemos 296 respostas, em que 86% dos entrevistados afirmaram possuir propriedades com tamanho inferior a cinquenta hectares, dado similar ao levantado pelo Censo Agropecuário 2017, que apontou 88% dos estabelecimentos para o mesmo tamanho de área.

“A pesquisa já acontece há anos e tem servido para orientar as ações da Comissão Nacional de Café da CNA. O objetivo é ampliar a assertividade das ações”, afirmou Maciel Silva, coordenador de Produção Agrícola da Confederação.

A pesquisa aponta que 69% das participações são de Minas Gerais, o que confirma a representatividade do estado como maior produtor nacional de café. A maioria destacou, ainda, que a qualidade da bebida foi inferior quando comparada à safra de 2018/2019, principalmente por conta do clima e floradas irregulares.

Em relação à colheita e pós-colheita, os métodos manuais de colheita foram responsáveis por 75% das respostas, resultado condizente com as condições topográficas e fundiárias da maioria das regiões produtoras de café no Brasil, que inviabilizam a mecanização. Quanto à tecnologia de pós-colheita, o método natural foi predominante entre os produtores, presente em 85% das propriedades, confirmando o domínio e cultura brasileira na produção de cafés naturais.

Sobre a comercialização, a pesquisa questionou a realização ou não da venda futura da produção. 60% dos entrevistados não realizam venda futura de nenhuma natureza. Apesar da ampliação em relação aos anos anteriores, a Confederação avalia que as ferramentas de hedge (estratégia de proteção para os riscos de um investimento) precisam ser mais exploradas pelos cafeicultores.

“O Sistema CNA já vem trabalhando para estimular a utilização de ferramentas de gestão de risco na cafeicultura. Porém, ampliar o número de cafeicultores que operam à venda futura é um desfio e necessita de uma forte conscientização dos produtores, bem como da elucidação das ferramentas, que é um processo gradual”, ressaltou Maciel.

Para saber o resultado completo da Pesquisa, clique aqui.

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