O Conselho Nacional do Café (CNC) se reuniu com os novos comandantes da Câmara e do Senado, o deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco, o novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sergio Souza, e aos demais parlamentares do Congresso e à Presidência da República para intensificar seu trabalho de preservação do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

O CNC solicitou apoio para que os cafeicultores e suas cooperativas de produção possam continuar se beneficiando do crédito e fomento exclusivo à atividade cafeeira. “Dentre as pautas legislativas que impactam a cafeicultura e, mais especificamente, o Funcafé, estão as Propostas de Emenda à Constituição números 186, 187 e 188. Em relação à PEC 187/2019, destacamos a importância da manutenção do texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em março de 2020, que preserva o Fundo”, conta Silas Brasileiro, presidente do CNC.

No que se refere às PECs Emergencial (186/2019) e do Pacto Federativo (188/2019), Silas comentou que é fundamental a eliminação dos dispositivos que abrem a possibilidade de desvio dos superávits anuais do Funcafé para amortização da dívida pública federal, o que é inconcebível, visto que o Fundo, conforme sua legislação, tem como finalidade única e só pode ser usado para financiar a cafeicultura brasileira, sendo imprescindível à política de renda ao setor.

O presidente do CNC recorda que o Funcafé foi constituído com recursos confiscados dos próprios cafeicultores e, atualmente, é o principal instrumento de crédito rural exclusivo à cafeicultura. “É bom destacar que o nosso Fundo não é e nunca foi realimentado com recursos do Tesouro Nacional, não gerando, portanto, ônus para o Governo”, argumenta.

Silas Brasileiro explica que o CNC será sempre defensor da preservação dos recursos do Funcafé exclusivamente à cafeicultura devido à importância econômica e social que a atividade tem ao País.

“O café é o esteio do desenvolvimento de 1.983 municípios no Brasil, sendo cultivado por 308 mil produtores rurais, dos quais 78% são da agricultura familiar. A atividade gera 8,4 milhões de empregos ao ano, aproximadamente R$ 35 bilhões de renda no campo, além de receita cambial da ordem de US$ 5,6 bilhões ao nosso país”, conclui.

As informações são do CNC.

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