Pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) explicam que as cotações domésticas do café arábica avançaram com força em janeiro. No balanço do mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, posto na capital paulista, teve média de R$ 639,71/saca, avanço significativo de R$ 45,38 por saca (ou de 7,6%) em relação à de dezembro/2020.

Frente a janeiro/2020, a alta foi de R$ 33,46 por saca (ou de 5,5%), em termos reais – valores deflacionados pelo IGP-DI de dez/20. Segundo os pesquisadores, a valorização do arábica no mercado interno se deve aos avanços do dólar e dos futuros, à procura firme e à retração vendedora. A média da moeda norte-americana em janeiro foi de R$ 5,358, elevação de 4,2% na comparação com dezembro. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), a média de todos os contratos foi de 126,33 centavos de dólar por libra-peso, 3,1% superior à de dezembro.

Contratos futuros

O mercado futuro do café arábica abriu o pregão desta quarta-feira (3) com leves altas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). Por volta das 08h40 (horário de Brasília), março/2021 tinha alta de 20 pontos, valendo 123,60 cents/lbp; maio/2021 tinha alta de 10 pontos, negociado por 125,65 cents/lbp; julho/2021 tinha alta de 25 pontos, negociado por 127,75 cents/lbp; e setembro/2021 registrava alta de 25 pontos, negociado por 129,60 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o canéfora (conilon) também abriu o dia com valorização. Março/2021 registrava alta de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1307; maio/2021 também tinha alta de US$ 8 por tonelada, negociado por US$ 1326; julho/2021 subia US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1340; e setembro/2021 operava com estabilidade, registrando baixa de US$ 2 por tonelada, valendo US$ 1345.

O mercado abre com estabilidade depois de encerrar a última sessão com desvalorização para os principais contratos. Segundo Eduardo Carvalhaes, o mercado apresenta compradores, mas os produtores continuam cautelosos, vendendo aos poucos, conforme vão precisando de “caixa”. “As altas temperaturas nos cafezais durante a semana passada e no final desta semana, preocuparam bastante os cafeicultores”, destacou a análise diária do Escritório Carvalhaes.

Mercado interno

O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 2,87% em Guaxupé (MG), valendo R$ 677; Varginha (MG) registrou queda de 1,41%, negociado por R$ 700; Campos Gerais (MG) registrou desvalorização de 2,84%, estabelecendo os preços por R$ 685; e Poços de Caldas (MG) registrou valorização de 4,76%, negociado por R$ 660.

O tipo cereja descascado teve queda de 2,70% em Guaxupé (MG), valendo R$ 720; Varginha (MG) registrou desvalorização de 1,33%, valendo R$ 740; e Poços de Caldas (MG) teve alta de 4,35%, valendo R$ 720.

As informações são do Cepea e Notícias Agrícolas.

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