Ministério se comprometeu a analisar internamente e preparar orientação aos fiscais agropecuários com o objetivo de o Brasil atender às exigências turcas quanto a data do tratamento sanitário e embarque efetivo da carga

Ontem, 10 de abril, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) se reuniu, na sede da Associação Comercial de Santos (ACS), na homônima cidade do litoral de São Paulo, com o Coordenador-Geral de Fiscalização e Certificação Fitossanitária Internacional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Eduardo Henrique Magalhães Porto, com representantes do Departamento de Sanidade Vegetal e de outras unidades da Pasta, incluindo o Porto de Santos, para dar sequência aos debates sobre os problemas ocasionados pelos gargalos logísticos na emissão de certificados fitossanitários para exportação de café à Turquia.

Como o Cecafé vem divulgando mensalmente, os elevados índices de atrasos ou de alterações de escalas de navios para exportação, desde janeiro de 2024, sempre se situou acima de 60% na compilação das informações dos principais portos do Brasil, além de muitos casos em que sequer houve abertura de gates.

“Além de todo o prejuízo que geram aos exportadores com gastos extras e imprevistos devido a armazenagens adicionais, detentions, pré-stacking e antecipação de gates, esses entraves logísticos nos portos também impactam a emissão dos certificados fitossanitários para a exportação a países como a Turquia, que possui exigência para que a data do tratamento sanitário e o embarque efetivo não excedam o prazo máximo de 14 dias”, explica Eduardo Heron, diretor Técnico do Cecafé.

Na reunião, além dele, o Conselho foi representado pelos coordenadores de seu Comitê Técnico Ronald Pires de Moraes (Cooxupé), Rogério Fugazza (Ofi) e Jackson Rocha da Silva (Unicafé), que apresentaram, ao Ministério da Agricultura, a dificuldade que as empresas exportadoras vêm tendo ao ter que realizar várias reinspeções e tratamentos, por conta dos atrasos e rolagens de cargas dos navios, para atender à regulação da Turquia.

“Os representantes do Mapa foram muito sensíveis e receptivos ao problema, tendo já o debatido internamente, em especial após a reunião que o Cecafé e o deputado Evair de Melo tiveram com a Pasta no final de março. Eles informaram que estão preparando um procedimento de orientação aos fiscais agropecuários e que, em breve, darão retorno ao nosso pleito, provavelmente trazendo uma solução que atenda às empresas exportadoras de café no que se refere à mitigação desse risco”, conclui Heron.



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