Os representantes do Comitê Técnico do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) decidiram encaminhar para o CDPC a proposta de manter como reserva de contingência no orçamento do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) R$ 1,32 bilhão para atender aos produtores que sofreram com a geada, principalmente ocorrida em julho deste ano. A decisão foi tomada em reunião nesta sexta-feira (6).

A reunião do CDPC vai ocorrer na próxima terça-feira (10). Se o Conselho aprovar, a proposta será encaminhada ao Ministério da Economia para ser submetida ao Conselho Monetário Nacional (CMN), no próximo dia 26.

A disponibilização desse valor para os agentes financeiros será feita após a efetiva avaliação das perdas ocorridas pela geada nas regiões de produção, cujo levantamento está sendo conduzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em conjunto com entidades do setor cafeeiro. “A estimativa é que no próximo mês de setembro já tenhamos um quadro real da situação”, prevê o diretor de Departamento de Comercialização e Abastecimento, Silvio Farnese.

Os recursos fazem parte dos R$ 5,9 bilhões que foram aprovados pelo Conselho Deliberativo da Política do Café para aplicação nas linhas de financiamento do Funcafé para a safra 2021/2022. Com a manutenção dessa reserva de contingência, nesse primeiro momento serão disponibilizados aos agentes financeiros o total de R$ 4,6 bilhões para as linhas de crédito de custeio, comercialização, capital de giro e aquisição de café. Os contratos estão no final de processamento.

“A essa medida não causará dificuldade para os tomadores de crédito do Funcafé uma vez que o que está sendo encaminhado aos agentes financeiros é suficiente para atender a demanda até a decisão de liberação da reserva de contingência entre setembro e outubro”, lembrou o diretor.

As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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