Em uma semana de rápidas e expressivas oscilações, com realizações de lucro e reposicionamento de fundos e especuladores, as cotações do café na ICE Futures US, em Nova Iorque, e na ICE Europe, em Londres, recuaram forte na quinta (1), feriado nacional no Brasil, voltando para o positivo hoje e encerrando a sexta (2) em alta.

O quadro da economia global, de enormes incertezas, continua levando as bolsas ao redor do mundo a trabalharem com fortes e rápidas oscilações. É impossível prever o que acontecerá nas próximas semanas e meses. Teremos de aguardar o desenvolvimento das negociações entre EUA e China, convivendo com muita volatilidade nos mercados mundiais, em meio às rápidas mudanças de opinião do presidente americano.

No mercado cafeeiro, os fundamentos permanecem os mesmos, com baixos estoques globais e seguidos problemas climáticos. A aproximação do período de inverno no hemisfério sul complica ainda mais esse cenário.

Cotações

Os contratos de arábica com vencimento em julho próximo na ICE Futures US, em Nova Iorque, oscilaram nesta sexta (2) 1.100 pontos entre a máxima e a mínima. Bateram em US$ 3,9275 na máxima do dia, em alta de 810 pontos, e fecharam valendo US$ 3,8540 por libra peso (ganhos de 75 pontos). Na quinta (1) caíram 1.610 pontos e na quarta (30) subiram 95 pontos. Na terça (29) caíram 1025 pontos e na segunda (28) subiram 1020 pontos. No balanço da semana que passou, recuaram 1.445 pontos. Na semana anterior subiram 2.725 pontos e na semana anterior a ela, tiveram ganhos de 1.900 pontos. 

Em abril, os ganhos acumulados nos contratos para julho próximo foram de 2.535 pontos. Em 2025, até o fechamento de sexta (2), estes contratos somaram alta de 7.695 pontos.

Os contratos de arábica, com vencimento em maio na ICE americana, fecharam na sexta (2) valendo US$ 4,9540 por libra peso.

Na ICE Europe, os contratos de robusta para julho próximo bateram, na máxima do dia, 5.324 dólares por tonelada (alta de US$ 198). Fecharam o pregão valendo US$ 5.291 (alta de US$ 165). Na quinta (1), caíram US$ dólares e na quarta (30) subiram US$ 71. Na terça (29) recuaram US$ 115 e na segunda (28), US$ 2. Recuaram US$ 124 na semana. Somaram alta de US$ 138 dólares na semana anterior e US$ 228 na semana anterior a ela. Em abril, tiveram alta de US$ 71. Em 2025, até sexta (2), esses contratos de robusta para julho próximo acumulam alta de US$ 564 por tonelada.

Cafés certificados

Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US subiram na sexta (2) 7.044 sacas. Estão em 828.119 sacas. Há um ano eram de 682,036 sacas. Subiram nesse período 146.083 sacas. Somaram, na semana passada, 6.098 sacas de alta, e na semana anterior, 26.433 sacas. Na semana anterior a ela, subiram 11.029 sacas. Em abril, subiram 43.192 sacas. Em março, recuaram 35.112 sacas, e em fevereiro, caíram 61.994 sacas. Em janeiro a queda foi de 112.385 sacas. Em 2025, até a sexta (2), acumularam perdas de 151.848 sacas.

Dólar

O dólar caiu na sexta (2) 0,39%, fechando o dia a R$ 5,6550. Encerrou a sexta anterior a R$ 5,6880 e a sexta-feira anterior a ela, a R$ 5,8040. Em reais por saca, os contratos para julho próximo na ICE Futures US fecharam sexta (2) valendo R$ 2.882,96. Terminaram a sexta anterior valendo R$ 3.008,51 e encerraram a sexta anterior a ela a R$ 2.860,65.

Mercado físico

No mercado físico brasileiro, com as cotações do arábica em Nova Iorque recuando forte no dia 1, feriado nacional no Brasil, e fechando a sexta (2) em pequena alta, os compradores diminuíram o valor de suas ofertas e os negócios permaneceram praticamente paralisados. Houve interesse comprador para todos os padrões de café durante a semana, mas lotes da safra 2024 ainda em mãos de produtores são poucos, em volume historicamente baixos, e, nas bases de preços oferecidas, esses cafeicultores continuam relutando em vender.

Até dia 2, os embarques de abril estavam em 2.475.193 sacas de arábica, 98.290 sacas de conilon e 283.925 sacas de solúvel, totalizando 2.857.408 sacas embarcadas – contra 2.856.754 sacas no mesmo dia de março. 

Emissão de certificados de origem

Até o dia 2, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em abril totalizavam 3.267.898 sacas – contra 3.417.173 sacas no mesmo dia do mês anterior.



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