O Brasil fechou 2024 com um recorde histórico nas exportações de café, atingindo 50,4 milhões de sacas enviadas a 116 países, segundo relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Esse volume representa um crescimento de 28,5% em relação a 2023 e supera em 12,8% o maior registro anterior, de 2020.

Em dezembro, foram exportadas 3,808 milhões de sacas de 60 kg, gerando uma receita cambial de US$ 1,145 bilhão. Apesar de uma queda de 8,1% no volume exportado em comparação com o mesmo mês de 2023, o valor obtido apresentou alta de 42,2%, refletindo melhores preços no mercado internacional.

O desempenho anual foi impulsionado por embarques recordes das variedades arábica e canéfora. A arábica teve um crescimento de 20% em relação a 2023, enquanto a canéfora (robusta) registrou um salto expressivo de 98% no mesmo período.

No acumulado de 2024, o Brasil exportou 36,95 milhões de sacas de café arábica – a variedade mais enviada ao exterior. Esse volume, o maior já registrado para a espécie, representou 73,2% das exportações totais e significou um crescimento de 19,8% em relação a 2023.

Os cafés canéforas (robusta e conilon) tiveram o maior crescimento percentual no ano, com alta expressiva de 97,9% em relação a 2023. O país exportou 9,36 milhões de sacas dessa variedade, um recorde histórico que correspondeu a 18,5% do total das exportações.

O café solúvel também registrou desempenho notável, alcançando seu segundo melhor resultado histórico: foram exportadas 4,09 milhões de sacas – 8,1% do total, com aumento de 13% em relação ao ano anterior.

Já o segmento de café torrado e moído exportou 48.687 sacas, com uma leve queda de 5% em relação a 2023 e participação de 0,1% nas exportações totais.

A entrada de divisas no país em função dos embarques cafeeiros também alcançou o melhor desempenho na história do levantamento do Cecafé, puxada pelos recordes apurados em café verde e solúvel. De janeiro a dezembro de 2024, as remessas renderam US$ 12,515 bilhões ao Brasil, um avanço de 55,4% sobre 2023 e 35,4% em relação ao maior montante antecedente, registrado em 2022.

Os Estados Unidos foram o principal parceiro comercial dos cafés do Brasil no ano passado, importando 8,131 milhões de sacas de janeiro a dezembro, o que equivale a 16,1% de todas as exportações e implica crescimento de 34% na comparação com 2023.

Em segundo lugar vem a Alemanha, com 15% de representatividade, que adquiriu 7,590 milhões de sacas (+51,3%). Na sequência, Bélgica, com a importação de 4,348 milhões de sacas (+96,4%), Itália, com 3,914 milhões de sacas (+25%) e Japão, com 2,211 milhões de sacas (-6,3%).

O Brasil também abasteceu países produtores em 2024 com 4,122 milhões de sacas – alta de 29,9% na comparação com 2023. Para o México, foram enviadas 1,312 milhão de sacas (+140,6%) e para o Vietnã, 681.612 sacas (+364,8%). Índia e Indonésia também receberam café brasileiro – respectivamente, com 284.208 sacas (+1.596%) e 203.400 sacas (+7,2%).

Veja relatório completo aqui.



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