A desvalorização do real em relação ao dólar acelerou semana passada, superando outros problemas enfrentados pelo mercado internacional de café. O dólar subiu 2,71% frente ao real, acumulando alta de 15,17% no semestre. 

Esta movimentação cambial, juntamente com uma colheita que consolida a quebra na produção estimada, vem gerando fortes oscilações nas bolsas de Nova Iorque e Londres. Enquanto isso, problemas climáticos persistem, guerras afetam o trânsito marítimo, e os estoques continuam baixos, alimentando a volatilidade do mercado.

Impacto do dólar no café



Desvalorização do real: o real se desvalorizou 2,71% frente ao dólar semana passada, acumulando alta de 15,17% no semestre.


Consequências: a desvalorização do real aumenta a volatilidade no mercado de café.



Situação da colheita



Colheita avançando rapidamente com sinais de quebra na produção, causando preocupação para a safra 2025/2026.


Condições climáticas: problemas climáticos persistem em países produtores, aumentando a insegurança no mercado.



Geopolítica e logística



Tensões internacionais: guerras e ataques terroristas, como o recente afundamento de um navio no Mar Vermelho, continuam afetando o trânsito marítimo de café.


Estoque baixo: estoques de café continuam baixos nos países produtores e consumidores, contribuindo para a volatilidade dos preços.



Movimentações na bolsa



  – Preço atual: US$ 2,2635 por libra peso (+45 pontos hoje).

  – Oscilações semanais: +180 pontos na semana, fechando sexta (28) a US$ 2,2500.



  – Preço atual: US$ 4,011 por tonelada (-36 dólares hoje).

  – Oscilações semanais: – US$ 93 na semana, fechando sexta (28) a US$ 4,104.

Estoques de café certificados

– ICE Futures: estoques caíram 790 sacas sexta (28), totalizando 807.394 sacas. 

– Variação semanal: caíram 24.201 sacas semana passada, após aumento de 15.993 sacas na semana anterior.

Mercado físico brasileiro



Preços em alta: contratos para setembro em Nova Iorque fecham a R$ 1.676,46, seguindo a alta do dólar.


 Oferta e demanda: forte interesse comprador, mas volume de negócios está abaixo da média devido à preocupação com a quebra da safra.



Clima 



Embarques e certificados



Cotações nominais por saca (safra 2023/2024)



Cereja Descascado (CD): R$ 1.440/1.470


Finos a Extrafinos: R$ 1.420/1.450


Boa Qualidade: R$ 1.380/1.420


Duros com Xícaras Mais Fracas: R$ 1.320/1.350


Riados: R$ 1.280/1.320


Rio: R$ 1.260/1.280


P. Batida para Consumo Interno (Dura): R$ 1.220/1.250


P. Batida para Consumo Interno (Riada): R$ 1.200/1.240



Câmbio



Este cenário de incertezas e volatilidade no mercado de café continua a impactar produtores e consumidores, exigindo atenção constante às condições econômicas, climáticas e geopolíticas.

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