A semana se encerra com baixa nos contratos futuros do café por conta de fatores como a suposta colheita satisfatória do Brasil, leve déficit na oferta global e o cenário macroeconômico. O mercado aguarda novidades nos fundamentos, podendo ser guiado, nas próximas sessões, pelo dólar e pelo clima nas origens produtoras.

Na Bolsa de Nova York, o vencimento mar/2020 do contrato “C” declinou 450 pontos na semana, encerrando o pregão de ontem a US$ 0,9815 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento mar/2020 do café canéfora (robusta) fechou a quinta-feira (6) a US$ 1.281 por tonelada, acumulando perdas de US$ 53.

O dólar comercial permaneceu estável em relação à semana passada. Até quarta-feira (5), a moeda caía leve, mas a sessão de ontem trouxe ganhos, principalmente por conta das divisas de países emergentes, à medida que os investidores se ajustavam ao corte na taxa Selic, de 4,5% para 4,25% ao ano, e à declaração do Banco Central de que os juros da economia brasileira não serão mais reduzidos.

A notícia de que a China deverá suspender tarifas sobre produtos dos Estados Unidos também forneceu suporte ao dólar. No encerramento do pregão de ontem (6), a moeda foi cotada a R$ 4,2859, novo recorde nominal – desconsiderando a inflação – de fechamento. O anterior foi atingido exatamente na sexta passada, a R$ 4,2858.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia prevê, para esta sexta-feira, ocorrência de chuvas em toda a Região Sudeste do Brasil, especialmente em Minas Gerais e no leste do estado de São Paulo. Para o Espírito Santo, há previsão de rápidas precipitações e com intensidade menor.

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca quedas de 9,5% na cotação do arábica e 2,6% na do canéfora (robusta) ao longo de janeiro. Os baixos preços afastam os vendedores, o que mantém os negócios em ritmo lento.

Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e canéfora (conilon) se situaram em R$ 458,70/saca e a R$ 305,72/saca, acumulando perdas, respectivamente, de R$ 3,2% e 1,3% no agregado da semana.

As informações são do Conselho Nacional do Café.

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